Em 2010 li uma reportagem intitulada “Entre ganhar dinheiro e ajudar o mundo, fique com os dois”. Na época eu acreditava, assim como grande parte dos brasileiros, que empresas tinham o exclusivo objetivo de lucrar e que impacto social só viria por meio de eventuais ações de responsabilidade social.
Dizia a reportagem que era possível uma empresa resolver um problema social e ainda lucrar com isso, pois havia um movimento mundial em que negócios eram criados com um duplo ponto de partida: lucrar e melhorar o mundo. Esse movimento, chamado por alguns de empreendedorismo social, estimulava a criação dos negócios sociais como forma de mudar o mundo.
Negócios sociais resolvem problemas utilizando os mecanismos tradicionais de mercado, e, claro, remuneram seus donos por isso. “Entre ganhar dinheiro e ajudar o mundo, fique com os dois!”. Foi aí que a história do meu livro, que lançarei oficialmente neste sábado 13, começou (informações sobre o lançamento ao final da postagem).
Como empreendedor e docente universitário, passei a estudar e pesquisar sobre esse (nem tão) novo fenômeno. A decisão definitiva de escrever a obra surgiu em 2014, após uma conversa descontraída com meu pai -- que além de médico também é escritor -- na qual ele disse, ao final: “Filho, acho que você já está pronto para escrever um livro.” Aquilo me encorajou (mesmo podendo ter sido apenas um gesto de carinho) e já na semana seguinte estava imerso no computador elaborando a macroestrutura.
Primeiro pensei no leitor. Inspirado em alguns alunos que passaram na minha vida, decidi escrever uma obra que tivesse como público aquelas pessoas que possuem uma vida a mais no coração. Você com certeza conhece alguém assim: Algum idealista, empreendedor, iniciador, propagador ou mobilizador -- seja lá que nome possa ser dado a esses indivíduos. São aquelas pessoas que não esperam alguém fazer, elas próprias fazem. Homens e mulheres que acreditam em um mundo melhor construído por eles, e não por uma entidade abstrata. Gente que se responsabiliza pelo estado atual da humanidade, ao invés de apenas culpar os demais. Jovens e adultos que pensam em deixar um mundo melhor do que o que encontraram. Como disse Maria Quintana: “Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas”, e essas que mudam são as que me motivaram a escrever o livro.
A partir daí direcionei a energia para escrever uma obra clara e que apresentasse o empreendedorismo social e os negócios sociais como uma possibilidade -- entre tantas outras -- de impacto social.
Mas se existem outras formas de mudar o mundo, por que escolhi abordar os negócios sociais?
Por três motivos:
Em primeiro lugar porque acredito no empreendedorismo, e aqui ainda falo dos negócios tradicionais, como a maior ferramenta de inclusão econômico-social e de impacto econômico já inventada. As iniciativas empreendedoras foram responsáveis pela criação de grandes organizações que conseguiram, ao longo do tempo, tornar a nossa vida um pouco melhor. Tente imaginar sua vida sem a existência das empresas de tecnologia, por exemplo. O empreendedor faz bem para as pessoas ao atender às suas necessidades; faz bem para a sociedade, ao produzir riquezas, criar empregos e movimentar a economia; e faz bem para si, ao gerar seu meio de sustento e desenvolver sua trajetória profissional.
Em segundo, porque, ao contrário da grande maioria das ações sociais, os negócios sociais são independentes. Eles se auto sustentam e não dependem de doações ou da boa vontade de qualquer ente público ou privado. O impacto social está diretamente ligado a seu próprio desempenho como negócio e, claro, a sua sustentabilidade financeira. Não há lucro OU impacto social, e sim lucro E impacto social. Isso dá aos negócios sociais uma possibilidade muito maior de crescimento, em termos de impacto, do que qualquer outra ação social. Ou seja, enquanto outras ações sociais dependem da vontade de terceiros para que sejam concretizadas, os negócios sociais tem impacto vinculado ao próprio desempenho.
Em terceiro e último lugar, porque acredito que o capitalismo, apesar do declínio, de suas limitações e externalidades, ainda é o melhor sistema político-econômico inventado. Até que possamos conceber algo melhor para substitui-lo, penso que devemos buscar não a extinção, mas o aprimoramento e o seu uso mais humano e inteligente. Se a principal crítica recebida é que ele gera desigualdades, e se lutar contra ele é uma tarefa difícil, façamos como nas artes marciais: usemos a força do capitalismo contra suas próprias fraquezas. Onde ele pudesse gerar desigualdade, que passe a estimular a igualdade. Onde ele viesse a trazer egoísmo, que passe a levar altruísmo. Onde ele puder trazer inimizade, que possa trazer solidariedade. Essa é a proposta dos negócios sociais, e essa é a proposta, portanto, do meu livro.
Converso então com o leitor em uma linguagem simples, mas não superficial, e busco didaticamente mostrar todas as etapas necessárias para que conceba, planeje, inaugure e administre seu negócio social. Para isso, dividi a obra em dez rápidos capítulos onde, já durante a leitura, o leitor pode estruturar o próprio empreendimento social e, de fato, começar a mudar o mundo.
Com certeza o livro inaugura um novo ciclo em minha vida que estou ansioso para viver. Sinto-me motivado para receber todo o aprendizado e crescimento que ele venha trazer.
Dizem que o difícil não é fazer um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. O difícil mesmo é criar o filho, regar a árvore e ter alguém que leia o livro. Meu objetivo não é só que muitas pessoas leiam esse livro, mas que muitas pessoas criem seus próprios negócios sociais e que mudem, para melhor, nosso país e o mundo.
Gabriel Cardoso
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