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Espírito Natalino: de passageiro a permanente


Por todo o mundo, neste exato momento, milhões e milhões de famílias estão reunidas a celebrar o Natal, tradição que anualmente comemora o nascimento de Jesus Cristo.

O dia de Natal, 25 de dezembro, foi estipulado pela Igreja Católica no ano de 350 d.C pelo Papa Julio I, sendo mais tarde oficializado como feriado, mesmo não havendo certeza sobre a data exata do nascimento de Cristo.

O fato é que com a chegada da data surgem todos os símbolos relacionados a ela, tais como: a árvore, a estrela, o papai Noel, as velas e os adorados presentes. De todos eles, aquele que sempre gera as maiores polêmicas, sabemos, são os presentes. Muitos sugerem para que o período não seja usado apenas para fins consumistas - o que realmente ocorre de forma exacerbada -, mas como um período de avaliação, reflexão e celebração. E eu concordo.

Apesar do consumismo incomodar, há algo que me deixa ainda mais intrigado: a breve passagem do “espírito natalino”. Explico.

É incrível observar a nossa transformação pelo “espírito” no período de festas de fim de ano. Amigos se reúnem, confraternizações são frequentes e as mensagens de carinho são multiplicadas e enviadas para todos os conhecidos (principalmente aqueles que não nos preocupamos adequadamente no resto do ano).

Com a chegada de dezembro, além das famosas repetições de que “o ano voou”, surge em nós um elevado grau de virtudes como tolerância, gentileza, empatia e caridade. Não só falamos sobre o assunto, mas de fato temos uma tendência muito maior de fazer o bem nesta época. É realmente um período abençoado.

Porém, já há um bom tempo que com a chegada do espírito natalino eu me pergunto intrigado:

  • Por que nós não conseguimos manter tais virtudes exacerbadas nos outros dias do ano?

  • Por que não pensamos mais no próximo também nos meses de janeiro a novembro?

  • Por que, no restante do ano, não entramos em contato com velhos amigos e não nos reunimos com a mesma disposição decorrente da segunda quinzena de dezembro?

A resposta eu ainda não sei; é um mistério.

O fato é que também há alguns anos, além dos tradicionais agradecimentos que faço pelo que aconteceu em minha vida, este vem sendo um dos meus pedidos: que eu mantenha o espírito natalino no decorrer de todo o próximo ano.

Penso, com esperança, que se muitos de nós fizermos o mesmo, com certeza teremos um mundo melhor.

Por fim, aproveito para desejar àqueles que acompanham o blog um sincero Feliz Natal. Que o espírito natalino permaneça presente durante os 365 dias do próximo ano.

Gabriel Cardoso

Publicado originalmente em Mude, Você, o Mundo <24.12.2014>.

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