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Formação em Inovação Acadêmica (STHEM Brasil)


Na última semana tive a grata oportunidade em participar como professor observador da 3ª Formação de Docentes em Inovação Acadêmica e Aprendizagem Ativa do Consórcio STHEM (iniciais em inglês de Ciências, Tecnologia, Humanidades, Engenharia e Matemática). O Consórcio reúne IEs públicas e privadas e a LASPAU – Academic and Programs for the Americas, organização filiada à Universidade Harvard, dos EUA, e responsável pela formação dos participantes.

Dos seis dias realizados, pude observar quatro deles (que detalho de forma breve logo abaixo) e voltar para Brasília com uma ampla e profunda bagagem sobre os temas tratados (mesmo não participando como membro ativo).

Como observador pude constatar claramente a diferença que há entre o modelo tradicional de aprendizagem, pois estava como professor observador em uma condição passiva similar às salas de aula tradicionais, e o modelo ativo desenvolvido com os professores das IEs participantes.

Vídeo: Laboratório de Metodologias Inovadoras Sala Eric Mazur (Unisal) padrão TEAL (Technology Enabled Active Learning).

O que vi nos quatro dias?

16/05 - Applications of Assessment & Evaluation

“Practice supplemented with feedback promotes learning”

A facilitadora do primeiro dia foi Melissa Barnett, diretora associada de avaliação do Massachusets Institute of Technology (MIT). Apesar do título do seu workshop ter vínculo principal com avaliação e a testes formativos, sua fala também contemplou, com profundida, a aprendizagem ativa.

O foco da primeira etapa do encontro foi a aplicação de testes e avaliação, onde pudemos compreender e debater, por exemplo: terminologias de avaliação; medidas diretas e indiretas; conhecimento raso e profundo; e métodos para aplicação. Já no segundo tempo, o foco foi a implementação da aprendizagem ativa em sala de aula por meio de vários métodos, em espaços temporais que podem variar de um minuto a uma hora. Na terceira parte do dia, Melissa trouxe quatro exemplos de como a aprendizagem ativa é aplicada no MIT. Por fim, na etapa final, nós podemos explorar e testar diversas ferramentas (online) de avaliação formativa e aprendizagem ativa.

Rico e abundante conteúdo no primeiro dia do encontro, com muito material para explorar e aplicar n s próximos meses.

Como sempre me pedem dicas, seguem algumas das ferramentas online que tivemos contato:

  • Padlet: “maneira fácil de criar e colaborar”

  • Poll Everywhere: sistema de votação por SMS, twitter e site

  • Knewton “Ajudando todo estudante a encontrar seu próprio caminho”

  • Plickers “poderosa ferramenta que permite ao professor coletar avaliação em tempo real dos estudantes sem a necessidade de aparelhos eletrônicos”

  • Goouru “De um tamanho que serve para todos”

  • Socrative “Visualizar a compreensão do estudante nunca foi tão claro”

  • Materiais dos cursos da STEM

17/05 - Interdisciplinary Course Design

José Oscar Mur-Miranda foi o responsável por conduzir os trabalhos no segundo dia do encontro. Ele é docente da Olin College of Engineering, de Boston, uma instituição de graduação heterodoxa que explora abordagens inovadoras no ensino de engenharia desde 1997.

Com um viés completamente “hands on”, Mur-Miranda trouxe um método prático e que tem em sua gênese o foco na comunidade, já que a engenharia, segundo ele, “começa e termina com as pessoas”.

O título do encontro foi “desenho de cursos interdisciplinares” e o dia transcorreu em formato de oficina com grupos atuando na conhecida sala TEAL (Technology Enabled Active Learning) da Unisal. Cada um dos 24 grupos elaborou um curso interdisciplinar, criado de forma paralela à exposição do conteúdo pelo facilitador, mas apenas alguns apresentaram sua criação à turma.

Para desenhar os cursos, utilizou-se os princípios de desenho do design thinking, com foco na iteração e adaptação do produto, e perpassando pelas etapas de empatia com a comunidade, definição dos rumos e características, ideação, prototipação e testes.

18/05

Nesse dia não estive presente, pois estava na 6ª Edição Rodada de Educação Empreendedora (Endeavor /Sebrae)

19/05 - Train the Trainer for Institutional Change

O professor Bennet Goldberg, da Universidade de Boston, trouxe uma proposta para implementar mudanças nos métodos de ensino e aprendizagem em uma instituição de ensino que inclui aspectos humanos, sociais, estruturais e organizacionais.

A abordagem de mudança, inclui de forma ampla, três grandes grupos de ação: (a) identificar as barreiras que dificultam a mudança nas organizações educacionais; (b) associar as intervenções com resultados esperados e; (c) medir e usar os dados para guiar o programa de mudança e melhoria da organização.

O professor, inclusive, será um dos instrutores do curso gratuito e online do EDX (com inscrições abertas) de início previsto para o dia 1º de junho de 2016: Fortalecendo o aprendizado através do ensino baseado em evidências do STEM. Eu já me inscrevi!

20/05 - Online Active Learning & Flipped Classroom

Para fechar com chave de ouro, o Dr. Oscar Jerez Yañez (Universidade do Chile) apresentou uma abordagem atual e unificadora dos conceitos de aprendizagem ativa, além de dicas sobre a metodologia sala de aula invertida.

Segundo o instrutor, uma aprendizagem ativa deve contemplar seis aspectos no estudante: envolvimento (eu sou parte do processo); empoderamento (eu sou responsável pelo processo); desafio (eu posso ir além); habilidades superiores de pensamento (eu estou pensando); interação (eu construo e aprendo com os outros); e aprendizagem significativa (eu aprendo).

Mas aprendizagem ativa não é uma panaceia. É importante reconhecer a diversidade em sala de aula para, a partir de então, propor a principal metodologia. A ativa, aponta o instrutor, apresenta maiores evidências de êxito na geração Z.

E quem é a geração Z? Conhecer as chaves dessa geração nos permite abordar os processos educativos mais adequados. Primeiro que ela tem um alto componente social e contextual. Ademais, são rápidos na compreensão da tecnologia, possuem pensamento multilateral, são socialmente abertos, com foco na rapidez e eficiência, são interativos e também resilientes.

Ele trouxe este vídeo que traça bem a diferença entre as gerações:

Infelizmente não fiquei até o final, pois precisava pegar meu voo de volta à Brasília. De todo modo, farei o curso online (e também gratuito) no Coursera do Dr. Jerez: Desafios da Educação Superior no Século XXI!

Grande e inesquecível experiência que agora pretendo multiplicar no UDF.

Gabriel

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