Da teoria à prática: aplicando as estratégias de 'O Cérebro da Criança' no cotidiano e na sociedade
- Gabriel Cardoso
- 30 de jan. de 2024
- 2 min de leitura

Com o nascimento da minha filha em novembro do ano passado, incluí, em minhas [intermináveis] listas de leitura, livros sobre parentalidade [aproveito e já peço dicas nos comentários].
Semana passada eu concluí o livro 'O cérebro da criança' (Daniel J. Siegel; Tina P. Bryson, editora nVersos), uma recomendação do amigo @João Sarto. Durante a leitura, relembrei um pouco da minha experiência na Finlândia, em 2018, onde tive a oportunidade de estudar e explorar o sistema educacional, os princípios, a cultura e o método educacional finlandês.
Muita coisa me marcou à época, desde a cultura da extrema confiança entre os finlandeses, passando por métodos inovadores de educação empreendedora e até a forma e o momento em que eles desenvolvem a inteligência social e emocional nas crianças (spoiler: muito cedo). Exemplo rápido e pequeno era o check-in emocional na escola com crianças de 7 anos: um momento para observar e refletir sobre seus pensamentos, suas sensações, emoções e percepções antes do início das aulas.
Outra lembrança que tenho é a de uma jovem com cerca de 14 anos ensinando a nós, professores, sobre a educação básica finlandesa. Ela, com tamanha maturidade e profundidade, compartilhou a lógica das estratégias de ensino e aprendizagem e sua experiência como estudante na Finlândia, validando a teoria apresentada para nós por muitos professores finlandeses.
Tudo isso compartilhado aqui para reforçar a ideia central do livro o Cérebro da Criança: é crucial nutrir o desenvolvimento socioemocional e intelectual das crianças desde cedo, orientando-as para lidar com suas emoções, pensamentos, sensações, memórias e percepções de uma maneira que seja didática, positiva e construtiva.
Certo, ok. Mas e quem, já jovem ou adulto, não teve essa oportunidade enquanto criança? Aqui ficou o grande aprendizado do livro, que pode ser lido por jovens e adultos em processo de autodesenvolvimento socioemocional.
Temos no país um enorme déficit social: a (falta de) competências socioemocionais, não só em crianças, mas em nossos jovens e em grande parte de nós, adultos. Esse problema, em muitos exemplos, é CAUSA de problemas sociais maiores. Pensar em desenvolvimento socioemocional e incutir isso na agenda de prioridades de um país como o nosso pode ser um excelente instrumento de transformação social.
Se você é pai, mãe ou alguém interessado em desenvolver suas próprias habilidades sociais e emocionais, recomendo este livro. Ele não é apenas um guia para a educação infantil, mas também uma fonte de inspiração para adultos que buscam um caminho de crescimento pessoal e profissional.
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