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Economia, tecnologia, empreendedorismo e educação: relatório Brazil Digital


Você já teve acesso ao Brazil Digital Report, elaborado pela McKinsey & Company e Brazil at Silicon Valley?

Apesar de 200 páginas, o documento é bastante objetivo e com um forte apelo visual. Está organizado em quatro capítulos que exploram o Brasil quanto: ao panorama macroeconômico, à perspectiva digital, ao ecossistema empreendedor e aos detalhes de alguns setores (financeiro, educacional, público e de saúde).

Quanto ao ecossistema empreendedor, traz uma curadoria dos principais estudos nacionais e internacionais sobre o tema. Ao mapear os ecossistemas das principais regiões do Brasil, chamando-as de vibrantes, o relatório mostra na página 102 a nossa instituição — Centro Universitário UDF — em destaque com outras no Distrito Federal. Reconhecimento e fruto de um trabalho que estamos constantemente aprimorando e fortalecendo ao longo dos últimos anos para ser uma instituição de ensino superior empreendedora de verdade!

O estudo constata aquilo que repetimos com frequência: os brasileiros tendem a ser empreendedores! Mais de 39% das pessoas economicamente ativas trabalham em empreendimentos próprios. Todavia, outra sinalização já antiga: há pouca inovação nesse universo. Comprova ainda que os investimentos de investidores-anjo e de capital de risco continuam crescendo a taxas de dois dígitos, ano sobre ano, superando a marca de U$ 1 bilhão em 2018! Mostra que os oito unicórnios (startup que possui avaliação de preço de mercado no valor de mais de 1 bilhão de dólares) do país foram assim intitulados apenas nos últimos dois anos (e mais unicórnios estão no horizonte…)!

Tudo isso com três grandes barreiras que dificultam o crescimento ainda maior desses números: o investimento em capital de risco em percentagem do PIB ainda está muito atrás de outras economias do mesmo tamanho; e o Brasil continua sendo um dos lugares mais difíceis do mundo para abrir, administrar e fechar um negócio.

Sobre educação, o relatório traz à tona uma ferida nacional: apesar do brasileiro estar estudando mais, sua produtividade não evoluiu nas últimas décadas. Falta ao nosso país inovação, patentes e trabalhadores altamente qualificados, além de destaques internacionais com base em tecnologia nacional. A história recente da educação no Brasil é mais quantitativa que qualitativa: apesar de um número recorde de alunos do ensino médio e superior, há pouco avanço nos números de produtividade. Além disso, o aumento substancial nos anos gastos em educação teve pouco efeito, em média de desempenho, em pontuações e rankings de aprendizagem.

Quanto à perspectiva digital, o brasileiro faz parte da disrupção mundial: dois em cada três têm um smartphone com acesso à internet (uma das taxas mais altas do mundo!). Estamos na segunda ou terceira posição quando o assunto é o uso de mídias sociais -- incluindo o Facebook, Instagram, YouTube, Netflix, WhatsApp e Pinterest -- e em pleno crescimento quando se trata de serviços digitais, tais como como publicidade, comércio eletrônico, economia compartilhada, serviços de entrega, entre outros. As barreiras que precisam ser superadas no campo se referem, principalmente, a desigualdade do acesso à internet (entre regiões, classes, faixa etária e em proficiência); e à velocidade de navegação brasileira abaixo da média, se comparada a países com mesmas características.

Por fim, destaco, também de forma breve, o que o relatório traz sobre o setor educacional brasileiro: há diversas informações relevantes sobre o movimento das edtechs (startups de educação), onde mais de 350 delas estão liderando inovações no setor, normalmente focadas em gestão de conteúdo, sistemas de gestão educacional, jogos educacionais e plataformas de aprendizagem adaptativa.

Recomendo que separe uma hora do seu dia para desfrutar do relatório que você encontra aqui, neste link.

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